Uma imponente torre de aço que evoca as pinceladas de Van Gogh. Uma acolhedora casa construída em 3D a partir do solo ao redor. Uma galeria arejada em sua própria ilha. Esses são alguns dos novos edifícios e renovações considerados os “mais impressionantes” do ano pela renomada revista de arquitetura Architectural Digest (AD).
A revista escolheu 20 projetos inovadores para sua nova Lista de Obras Maravilhosas (WOW List), que será apresentada ao lado do AD100, um índice anual que destaca talentos em arquitetura e design.
Na edição de janeiro, a primeira edição global da revista, os editores da AD de todo o mundo se reuniram virtualmente para reconhecer os líderes e projetos arquitetônicos mais significativos do ano. “A colaboração sempre foi parte integrante da AD, então unir oficialmente forças com nossa rede internacional de editores foi um próximo passo natural”, afirmou Amy Astley, diretora editorial global da AD e editora-chefe dos Estados Unidos, por e-mail.
Os projetos na lista inaugural incluem o surpreendente Museu de Astronomia de Xangai, projetado pela Ennead Architects, e o inovador Museu do Futuro em Dubai, de design não convencional e circular pela Killa Design.
Além de novas construções, a mega galeria Hauser & Wirth conquistou um lugar na lista por seu novo espaço de 16.000 pés quadrados (aproximadamente 5 km) na Isla del Rey em Menorca, Espanha, anteriormente um hospital naval desativado. Luis Laplace liderou a restauração dos edifícios do século XVIII, enquanto Piet Oudolf renovou a paisagem circundante com plantas nativas.
Maite Sebastia, chefe de conteúdo editorial da AD Espanha, destaca que a galeria “é um exemplo do que os projetos de arquitetura devem ser no futuro, revelando a forma colaborativa de fazer arquitetura, com a presença de artistas locais e talentos locais, respeitando o meio ambiente e o contexto histórico.”
A WOW List abrange projetos de arquitetos renomados e estúdios em ascensão na última década. Na cidade de Arles, França, a Torre Luma de Frank Gehry foi escolhida pelos editores, um edifício de concreto adornado com 11.000 painéis ondulados de aço inoxidável, buscando evocar a pincelada pictórica de “Noite Estrelada” de Vincent van Gogh, pintada nas proximidades há mais de 130 anos.
À medida que a luz muda durante o dia, a fachada reflete os tons vibrantes do céu. Oliver Jahn, vice-diretor editorial global da AD, destaca que “é uma obra de arte que abriga uma das coleções de arte mais notáveis do mundo, sendo o coração amplamente visível de um novo distrito de arte de 27 acres.”
Enquanto isso, a nordeste de Pequim, a meditativa Chapel of Sound, projetada pela equipe de marido e mulher da Open Architecture, foi escolhida por sua capacidade de coexistir em vez de se destacar. Li Hu e Huang Wenjing conceberam a sala de concertos em camadas para parecer uma parte natural do vale circundante.
Internamente, a estrutura se abre para o céu. Beryl Hsu, editora-chefe da AD China, destaca que a “Chapel of Sound apresenta luz e sombra, som e silêncio, e, o mais importante, coexiste com a natureza circundante, mostrando a existência poética da arquitetura feita pelo homem entre a natureza.”
